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segunda-feira, 19 de julho de 2010

De quem sou eu?

Nós somos de Deus, porque Ele nos escolheu!

Uma excelente pregação do Pe Leo.



Caso o vídeo não seja carregado tente o link: De quem sou eu?

Fonte: Web Tv Canção Nova

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amigo de verdade é aquele que corrige

O melhor, às vezes, exige correção

Há um princípio fundamental em qualquer amizade: ela deve nos fazer crescer. Como uma árvore boa é podada para poder dar frutos bons, assim também, durante a caminhada de crescimento e de amadurecimento, o ser humano precisa de algumas boas “podas”. Passar por esse processo não é fácil e, muitas vezes, nem aceitamos que qualquer um nos pode. Por isso Deus coloca algumas pessoas especiais em nossas vidas não só com a oportunidade, mas com a missão de nos corrigir para nos fazer crescer.

Monsenhor Jonas Abib, certa vez, escreveu que existem situações de nossa vida nas quais, muitas vezes, só o amigo é capaz de nos corrigir. O conhecimento mútuo, ou seja, a intimidade que uma amizade gera entre duas pessoas produz um conhecimento tão profundo da alma do amigo que nos permite saber a forma e quando corrigi-lo. O amor compartilhado é capaz de abrir “compartimentos lacrados” de nosso coração, os quais precisam da luz da verdade sobre as nossas misérias, para que estas possam ser curadas.

Por causa da abertura de alma que há numa amizade um amigo é capaz de chegar aonde ninguém consegue. Ele é capaz de atingir e tocar nos pontos mais delicados de nossa história, de nossa vida, com toda a maestria que só o amor é capaz de suscitar. São feridas nas quais ninguém havia tocado, mas que somente um amigo é capaz de tocá-las e curá-las com seu amor.

Um bom amigo é como um bisturi nas mãos de Deus, capaz de rasgar a nossa alma para que todas as mazelas sejam expelidas e o coração possa ser curado. Esse processo é muito doloroso no início; não é fácil aceitar a correção e escutar tantas verdades da boca de alguém. Muitas vezes, isso fere, machuca e realmente arranca pedaços, mas, logo depois, o bálsamo do amor do amigo é derramado, consolando, aliviando e cicatrizando as nossas feridas. Alguém precisa fazer o serviço, por isso Deus usa dos nossos amigos. Ele sempre se utiliza de alguém para agir em nossa vida, suscitando a pessoa certa para que, através do amor concreto, toque na ferida e cure o nosso coração.

Pressuposto de uma amizade madura e saudável é a correção. A Palavra de Deus nos ensina: “Corrige o amigo que talvez tenha feito o mal e diz que não o fez, para que, se o fez, não torne a fazê-lo” (Eclo 19,13). Amigo que não corrige, não faz o outro crescer e por isso não ama de verdade. Um relacionamento de amizade verdadeira em Deus não comporta omissão. É preciso haver verdade, sinceridade e por isso liberdade para poder corrigir, mas fazê-lo no amor. Quem ama quer o melhor para o outro e esse melhor, muitas vezes, exige correção.

Saber que alguém que está nos corrigindo nos ama não nos anestesia da dor da “poda”, mas nos traz segurança. Podemos até resmungar, nos irritar, no entanto, ouvimos e acabamos aceitando. Lá na frente veremos o quanto aquela exortação nos fez crescer e nos livrou de tantos sofrimentos.

Se um amigo o corrigiu, aceite a correção! Exortação não é questão de falta de carinho; pelo contrário, é ato concreto de quem ama e quer o melhor para nós. Se um amigo seu precisa de correção, não se omita! Não deixe que o seu medo de perder a amizade por ter de corrigi-lo o leve a perdê-lo definitivamente. Mostre o seu amor e se comprometa com a vida dele. Cumpra sua missão de amigo: corrija e o ganhe para sempre; o ganhe para Deus!


Renan Félix
renan@geracaophn.com
Seminarista da Comunidade Canção Nova, reside atualmente em Cachoeira Paulista (SP). Outros temas do autor: blog.cancaonova.com/renanfelix

Fonte: Canção Nova
Indicado por Maurílio.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O valor da hospitalidade

Ela provoca o diálogo e amadurecimento

É muito importante a hospitalidade. Talvez seja um dos mais significativos gestos fraternos na vida, porque supõe acolhida e valorização das pessoas na sua individualidade. Ela cria relacionamento e convivência, provoca o diálogo e amadurecimento na vida comunitária.

Isso aconteceu na vida de Jesus quando visitou a casa de Marta e Maria, certamente irmãs de Lázaro a quem Ele bem conhecia. As duas irmãs O acolhem com carinho, tendo cada uma delas comportamento próprio. Jesus, como visitante, leva em conta as suas atitudes.

Marta, provavelmente a mais velha, age no cuidado da casa e em preparar o necessário para a boa acolhida e hospitalidade. Isso era o normal na vida das pessoas em suas residências. Era a correria para cumprir as tarefas nos momentos certos da casa. Maria, mais centrada talvez, fica sentada ao lado de Jesus e vai apreciando as Suas palavras. Ela teve uma atitude de escuta e de contemplação do que estava ouvindo do Mestre. Sabemos do valor e do sentido disso na vida.

É bom hospedar e cuidar bem das pessoas. Mas isso tem grande valor quando criamos diálogo, amizade, relacionamento e valorização das palavras. Por essa razão, o Senhor fez questão de valorizar a atitude de Maria e criticou a agitação de Marta.

A hospitalidade leva à comunhão quando valorizamos as nossas palavras. Com isso crescemos no conhecimento e na convivência fraterna, partilhando as alegrias e os sofrimentos, que fazem parte da vida de todas as pessoas.

O caso de Marta e Maria nos leva a retomar as nossas opções. Conclama-nos a viver em equilíbrio e com prazer cada instante da vida. A nossa atuação deve ser centrada no essencial, no mais necessário. O serviço ao próximo não pode ser dissociado da convivência fraterna.

Enfim, a hospitalidade está na dimensão da gratuidade, que é um desafio num mundo como o atual. O que vemos hoje é a predominância do medo, o isolamento, a privacidade, o individualismo, o excesso de trabalho e a falta de tempo. Assim perdemos a oportunidade do amor fraterno.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

fonte:Canção Nova

+ formações em: Formações Canção Nova

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Não tema o novo - Permita que a vida lhe ensine

A vida é marcada por novidades. À medida que vivemos, deparamo-nos cotidianamente com inúmeras descobertas. Em determinados momentos, as novidades vividas são ruins, em outros, são boas, mas, querendo ou não, o “novo” sempre vem e mudanças sempre acontecem. Alguém que vai embora, um emprego que se perde, um amor que vai embora, a vida nos reserva muitas surpresas e, por intermédio delas, podemos sempre crescer.

Existem mudanças que podem ser positivas, outras até mesmo necessárias. Quando rompemos com o medo, assumindo, com humildade, a graça de não sermos sabedores do futuro, podemos ser extremamente formados pelo mistério, que, aos poucos, vai se revelando, desvelando nossa verdade e acrescentando àquilo que somos.

O “novo”, as mudanças, as perdas revelam aquilo que somos, pois, à medida que vamos reagindo diante de cada nova situação, vamos descobrindo novas áreas de nós mesmos, e podemos compreender um pouco mais quem somos nós. Não é pela ação que você conhece uma determinada pessoa, mas por suas reações, pois, as ações podem ser programadas e as reações sempre são naturais.

Cada tempo novo, cada situação nova na vida, é um momento privilegiado para se descobrir no melhor e no pior, nas fraquezas e nas virtudes. Não existe crescimento sem autoconhecimento. Por isso não podemos temer o “novo”, pois quando o vivemos bem, deixando as coisas acontecerem a seu tempo, crescemos significativamente na compreensão do mistério que somos nós.

Não fugir de si mesmo, e de algumas mudanças necessárias, é um caminho de cura e maturidade. Enfrentar-se, com humildade e paciência, diante das próprias limitações, significa preparar o caminho para a virtude.

A felicidade habita no coração que, aos poucos, se torna livre, natural e sem ilusões a respeito de si e da vida.

Não tema o “novo”, as mudanças, enfim, não tema se descobrir. Permita que a vida lhe ensine a se aceitar e amar aquilo que você realmente é, desprendendo-se de ilusões e de idealizações irreais.

Quando começamos a nos compreender, alcançamos a capacidade de transformar “invernos” em belíssimas “primaveras”. Faça essa experiência!

Disciplina gera santidade


Mensagem de Márcio Mendes no programa "Sorrindo pra Vida" da TV Canção Nova, nesta terça-feira, dia 13 de julho de 2010.


Ao ir para a página do Podcast Sorrindo pra Vida , você encontrará, abaixo de cada um deles, uma seta; ao clicar nela você conseguirá baixar o arquivo em MP3.

Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em: Provérbios 4,10-27.

É Deus quem nos fala para ouvi-Lo e os anos de nossa vida se multiplicarão. Todos nós queremos um caminho de acertos, pois ninguém gosta de fracassar em suas metas. No entanto, nem sempre percebemos que nós, por nós mesmos, não somos capazes, precisamos da graça e do auxílio de Deus.

Se você seguir as orientações do Senhor, nada poderá detê-lo. Deus nos toma pela mão e vai nos guiando pela Sua Divina Providência. Nós vivemos da fé, vamos pelo caminho sem ver o que está lá à nossa frente, mas fiquemos em paz, pois Aquele que nos conduz não nos deixará.

É preciso ter disciplina na vida e isso significa escutar e obedecer a Deus. Disciplina é o mesmo que fazer o que o discípulo faz. Nós ouvimos e obedecemos porque somos discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo. E a nossa disciplina é escutar e obedecer a Deus para fazer o bem.

Se quisermos caminhar na verdade e ter uma vida longa, na qual o Espírito nos guia para além dos obstáculos, é preciso disciplina e nos determinar para melhorarmos como pessoa, pois sem disciplina não há santidade. A pessoa que não se organiza, que não tem compromisso, que não é fiel, não chega a lugar nenhum e está sempre sozinha.

Quando não nos firmamos, qualquer proposta nos desvia e qualquer um nos tira do caminho. Por essa razão, firme-se na Palavra de Deus, porque o caminho errado sempre parece mais fácil, mas não o é, ele é o mais longo e cravejado de sofrimentos. Ele pode parecer um atalho, mas, na realidade, é tenebroso. Quando as coisas apertam, todos nós queremos escapar de algum jeito, mas a porta aberta pela tentação nos leva para longe de Deus.

A vereda dos justos é uma luz esplêndida, diz a Palavra. Quem segue pelo caminho indicado pelo Senhor sabe sempre aonde vai, não porque o vê, mas porque caminha pela fé e sabe que Deus está com ele.

Quem caminha na justiça se torna uma luz para os outros, mas veja: para brilhar existe sempre um custo, porque uma vela não produz luz se ela não for acesa, ela precisa queimar para brilhar. Da mesma forma, nós não poderemos ajudar os outros sem nos consumirmos. Mas quem é que gosta de sofrer? Mas é preciso aprendê-lo [a sofrer] com sabedoria.

Se obedecermos a Deus e formos pacientes, seremos uma bênção para o mundo. Então devemos ser fiéis nos momentos difíceis e manter a disciplina mesmo quando todos já desistiram. Se quisermos brilhar, precisaremos nos "queimar" para não nos desviar do bem e da verdade e estar unidos no amor a Deus e aos homens. Precisamos amar como o Senhor ama.

Muitos querem vencer sem lutar, mas antes da vitória existe a cruz e a vitória de amanhã tem suas raízes nos sofrimentos do hoje. A Palavra do Senhor nos garante que quando obedecemos aos Mandamentos de Deus recebemos vida em nossa vida. É preciso deixar vir à tona tudo aquilo que temos de melhor. O Espírito Santo faz de nós criaturas novas, trazendo para fora aquilo que temos de melhor em nosso interior desde que fomos criados por Deus. Assim como a cana precisa passar pela moenda para, no final, dar o melhor e o mais doce açúcar.


Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova

Transcrição e adaptação: Célia Grego
fonte: Clube da Evangelização

sábado, 3 de julho de 2010

A beleza da amizade

No conturbado mundo de hoje a ausência da verdadeira amizade é uma das causas de inúmeros males. É este laço sagrado que une os corações. Quirógrafo das almas nobres, é a afeição que fundamenta o lídimo amor, sendo este a própria amizade em maior intensidade.

Desde a mais remota Antiguidade o homem se interrogou sobre a essência da amizade. Filosofou sobre este aspecto da interação humana. Podemos dizer que a amizade é uma certa comunidade ou participação solidária de várias pessoas em atitudes, valores ou bens determinados. É uma disposição ativa e empenhadora da pessoa.

O valor da amizade foi revelado pela Bíblia: "O amigo fiel não tem preço" (Sl 6,15), pois "ele ama em todo o tempo" (Pv 17,17. "O amigo fiel é uma forte proteção; quem o encontrou, deparou um tesouro" (Eclo 6,14). "O amigo fiel é um bálsamo de vida e de imortalidade, e os que temem o Senhor acharão um tal amigo" (Eclo 6,16).

A função psicossocial da amizade é, assim, de rara repercussão. Ela é fator de progresso, pois o amigo autêntico aperfeiçoa e educa pela palavra e pelo exemplo; é penhor de segurança, uma vez que o amigo leal é remédio para todas as angústias, dado que a amizade é força espiritual. Entretanto, há condições para que floresça a amizade.

Pode-se dizer que são seus ingredientes: a sinceridade, a confiança, a disponibilidade, a tolerância, a compreensão e a fidelidade. Saint-Exupéry afirmou em sua obra "O Pequeno Príncipe": "És eternamente responsável por aquilo que cativas".

Na plenitude dos tempos Jesus apresentou-se como legítimo amigo. Ele declarou: "Já não vos chamo servos, mas amigos" (Jo 15,15) e havia dito: "Ninguém dá maior prova de amor do que aquele que entrega a vida pelos amigos" (Jo 15,13). Rodeou-se de pessoas, as quais se repletaram dos eflúvios de Sua bondade. Felizes os que O conheceram, como Lázaro, Marta, Maria, Seus amigos de Betânia; os Doze Apóstolos; Nicodemos; Zaqueu; Dimas, o bom ladrão; e tantos outros. É, porém, preciso levar a amizade a sério.


A Bíblia assegura que "O amigo fiel é medicina da vida e da imortalidade" (Eclo 6,16). Disse, porém, Santo Agostinho: "A suspeita é o veneno da amizade". Bem pensou, porque a amizade finda onde a desconfiança começa. O amigo é luz que guia, é âncora em mar revolto, é arrimo a toda hora. Esparge raios de sol de alegria, derramando torrentes de clarões divinos. Dulcifica o pesar. Tudo isso merece ser pensado e repensado. É essencial, todavia, meditar também sobre o ensinamento bíblico: "Quem teme a Deus terá bons amigos, porque estes serão semelhantes a Ele" (Eclo 6,17).